ZDB

Artes Performativas
Performance

Dona de Casa

— Raquel Castro

21.06 — 28.06.14 21:30
NEGÓCIO Rua de O Século nº9 porta 5, Lisboa


©MarianaSilva

Depois da surpreendente Uma Retrospectiva (co-criação com Mariana Tengner Barros, 2013), Raquel Castro volta ao NEGÓCIO – desta vez, a solo – para desenvolver uma residência de criação e estrear do seu novo projecto Dona De Casa, um texto de Esther Gerritsen.

A peça Dona de Casa permite-nos aceder ao universo de uma mulher solitária, que todos os dias aguarda o seu marido depois de resolver todas as suas tarefas domésticas, entregando-se a um exercício de espera, preenchendo e expondo o seu imaginário de sonhos, medos e fantasias, mergulhando e permitindo ao espetador aceder ao seu íntimo. Esta mulher é dona de casa, só é dona de casa, ainda é dona de casa. Apesar de tudo é dona de casa. Ela poderia muita coisa mas a casa sobrepôs-se e ela ficou no seu lugar, em casa. Só que a casa torna-se lugar de enunciação, e esta mulher fala a partir da sua relação com esse lugar, iluminando assim a sua posição na ordenação das sociedades. Ela não o esconde, não o lamenta, antes o traz à luz, revelando-lhe as relações, ou melhor, os seus limites: “Só com essa batata é que ela tem uma relação./ A batata espera alguma coisa dela. / Ela tem planos para a batata”. É preciso alguém que tenha planos para a batata.

Raquel Castro

Iniciou o seu percurso com o criadora em 2011, com a sua participação no Laboratório de Biografia do Teatro Maria Matos, onde criou o primeiro esboço do espectáculo Os Dias são Connosco, cuja versão final estreou no início de 2013.
Mais recentemente criou a exposição|performance Uma Retrospectiva, em colaboração com a intérprete e coreógrafa Mariana Tengner Barros, uma co-produção Negócio/ZDB.
Enquanto criadora, Raquel Castro procura na linguagem teatral o veículo principal para a sua expressão artística, interessando-se por dramaturgia contemporânea mas também pela criação através de ferramentas do devising theatre. Acima de tudo, preocupa-se com a especificidade da linguagem teatral e pela sua singularidade enquanto objecto artístico.
Dona de Casa é o seu primeiro projecto de criação a partir de um texto dramático.

Esther Gerritsen

Nasceu em 1972, na Holanda, e tem sido considerada um dos maiores talentos da sua geração desde o lançamento da sua primeira obra de ficção, uma colectânea de histórias curtas intitulada Privileged Consciousness.
Paralelamente, desenvolveu trabalho como dramaturga: para além do monólogo Dona-de-Casa, escreveu Bad Angel (Sonnet 144) a partir do Love’s Labour’s Lost de Shakespeare, Kaktus & De Wind, 1/2 Overkill e Gras.
Actualmente, é uma escritora bastante reconhecida e premiada no seu país (recebeu , entre outros o Dutch-German Youth Theatre Prize em 1999; ou Charlotte Köhler Grant em 2001), dedicando-se principalmente à escrita de romances.

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