ZDB

Artes Performativas
Teatro

Drifting / Em Deriva

— de António Pedro Lopes (Pt) e Gustavo Ciríaco (Br)

26.01 — 29.01.12
NEGÓCIO Rua de O Século nº9 porta 5, Lisboa


Com Ana Eliseu, Andrea Brandão, Bruno Caracol, Clara Kutner, Cristina Zabalaga, Eduardo Frazão, Marta Rema, Paolo Andreoni, Rita Sousa Mendes e Vânia Rovisco.
Em Janeiro, Gustavo Ciríaco e António Pedro Lopes encontram-se em residência no NEGÓCIO para criação e apresentação de Drifting / Em Deriva.
Esta co-produção com a Associação Zé dos Bois é um projecto de ocupação muito especial que, ao longo da residência, fomenta uma colecção de histórias, movimentos, experiências, fotografias, filmes, afectos e arquivos sobre a relação de certos habitantes com Lisboa.
Drifting / Em Deriva é um processo de habitações entre o teatro, a cidade, a Internet e o espaço do laboratório. Um projecto de encontro do outro através da intervenção em realidades comuns, onde a cidade, esta ficção compartilhada, ganha vida, se torna história e se converte em afecto.

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Derivar

1. Andar devagar, sem objectivo ou casualmente.

2. Mover-se involuntariamente para uma certa situação ou condição.

3. Divagar ou distrair-se para outro sujeito.

4. Movimento lento de um lugar para outro.

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Drifting / Em Deriva é uma proposta de colaboração entre os artistas Gustavo Ciríaco (Brasil) & António Pedro Lopes (Portugal). Este projecto contextual leva os artistas a diferentes cidades para mapear os afectos que correm nesses lugares, através de vários tipos de encontro. Numa primeira instância, o encontro das suas histórias num contexto deslocado, depois o encontro com cada cidade como paisagem urbana, e finalmente o encontro com os seus habitantes, as personagens que encontram na deriva e que alimentam o processo criativo. Seguindo uma lógica episódica, cada cidade é um novo capítulo neste exercício viajante que cria pontes entre pessoas e lugares.

DRIFTING | Em Deriva -Lisboa será o 4º episódio numa série de incursões por cidades do mundo. Ainda em 2011, DRIFTING|EM DERIVA transformou-se num espectáculo, depois de uma residência de um mês em São Paulo. O episódio lisboeta faz uma convocatória pública a interessados em dança, performance e arte contextual, que tenham mais 16 anos para participarem num laboratório de criação com apresentações no Negócio no final de Janeiro de 2012. O laboratório de criação propõe experiências de deriva pela cidade, passeios, efeitos de corrente, cadavre exquis, telefones estragados, estranhas coincidências, colecções de histórias, corpos-exposição, blind dates, discos, danças, casamentos, correntes de ar, apartamentos, pretos no branco, lugares de passagem e espaços de memória.



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Drifting / Em Deriva inspira-se numa história de Cidades Invisíveis de Italo Calvino, onde se descreve uma vila que exibe linhas de diferentes cores ligando os seus habitantes. Cada uma dessas linhas representa os afectos que correm através daquela comunidade. Um laço de amor, por exemplo, aparece em vermelho indo de uma janela à outra, de um amante para outro. Assim, amizades, laços familiares, relações profissionais, mas também relações de distância, empatia, repulsa ou medo se tornam visíveis através dessas linhas que cruzam a cidade. Cada tipologia de relação é categorizada e sinalizada por uma linha com uma cor específica. As linhas dão forma a uma rede invisível de afectos, histórias e vidas partilhadas, ao atravessar os espaços físicos que as pessoas habitam na cidade.

O projecto foi iniciado em dois momentos de experimentação no ano 2010. Em Maio, programado pelo Programa MESA-PALCO da Casa França- Brasil, Rio de Janeiro depois de uma semana de residência. Em Julho, António Pedro Lopes e Gustavo Ciríaco receberam o prémio de Residência a Artistas e Projectos Emergentes Internacionais no Bamboo Curtain Studio International, em Taipei, Taiwan. Depois de um mês de residência, os artistas criaram num espaço de uma galeria, uma exposição composta por um percurso que atravessava uma colecção de textos, fotografias, vídeos, objectos e um jogo interactivo. Os visitantes eram convidados a emergir numa experiência pluridisciplinar, num autêntico “caderno de notas” à escala de uma sala que privilegiava as diferentes dimensões do encontro que caracterizam Em Deriva.
A experiência do contexto magnífica a realidade como um recreio de exploração já criado, sobre o qual é necessário actuar, intervir e observar. Para a criação de Em Deriva, decidimos começar por escolher alguém num determinado bairro, um homem ou uma mulher; um primeiro encontro, a base e início para uma série de encontros que seguirão. As condições que determinam a escolha desse encontro definem-se por uma observação cuidadosa de cada contexto. A presença material do sujeito no espaço público ensinou-nos em experiências anteriores a desenhar estratégias específicas a cada contexto. (…)

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Apoios: Drifting /Em deriva em Lisboa conta com o apoio da ONE LIFE STAND e o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian, Programa de Apoio à Dança

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